A situação do Rio Pardo é considerada alarmante e crítica nos municípios de Cândido Sales, Encruzilhada, Ribeirão do largo e Itambé.
Os integrantes da ONG Reflorestar & Renascer, preocupados com a situação dos rios do município de Itambé, no último sábado 25/08, catalogaram as nascentes que deságua no Rio Jiboia, um afluente forte do Rio Pardo no município.
Foram catalogadas 12 nascentes, sendo 9 no povoado da Bananeira. Para alegria dos integrantes da ONG, só em uma fazenda tinha seis nascentes que estão preservadas pelo proprietário rural.
Não foi a mesma situação encontrada na nascente do Rio Jibóia, que se encontra em condição desmatada e está minado a mais de 500 metros do local principal. Um morador da localidade relatou que mora às margens do Rio Jibóia há mais de 40 anos, e que nunca tinha passado por essa situação, e a principal causa da morte das nascentes é o desmatamento.
Os integrantes da ONG ficaram preocupados com a situação do Rio Jiboia, porque é o principal rio do município que deságua no Rio Pardo para abastecer a localidade. A situação do Rio Pardo é considerada alarmante e crítica nos municípios de Cândido Sales, Encruzilhada, Ribeirão do largo e Itambé.
Segundo informações do blog Cidade Nossa, a crise hídrica na região é potencializada pelos longos períodos de secas, principalmente pelo desmatamento que é descontrolado. O Médio Rio Pardo, onde está a maior concentração de outorgas para a irrigação na bacia, faz parte do semiárido brasileiro. Nesta mesma região, os municípios já desmataram mais de 80% da vegetação nativa.
O estudo realizado por entidades que compõe a articulação da sociedade civil dos estados de Minas e Bahia demonstra que, em municípios que sofrem com o desmatamento humano, o consumo diário dos irrigantes chega a ser 67 vezes a mais que a população das cidades.
Fonte: Itambé Agora