
Nesta terça-feira (24), nos despedimos de Jecilda Maria da Cruz Mello, dirigente histórica da Associação de moradores e moradoras do Centro Histórico (AMACH). Pró Cida, como era mais conhecida, foi uma fiel defensora dos mais pobres, em especial, do povo do centro antigo dedicando sua vida à denúncia das violações e violências a que estes são sujeitados. Ao nos deixar semeia para sempre seu legado na resistência contra a especulação imobiliária e as demais mazelas que assolam os mais marginalizados desta cidade.
Residente do Centro Histórico a mais de 40 anos, Pró Cida foi fundamental na organização popular do Centro Antigo de Salvador. Ali, ao lado de mulheres negras, indignou-se e denunciou para o mundo os desmandos que governantes praticavam contra o povo negro dessa cidade. No local, contribuiu para a construção da Associação de Moradores e Moradoras do Centro Histórico (AMACH). Nesse momento, Pró Cida encontrou o CEAS como uma organização amiga na resistência aos despejos das famílias que residiam no centro.
Neste momento de partida, o Centro de Estudos e Ação Social lembra e semeia a luta de Pró Cida. Amiga do CEAS, Pró Cida seguirá viva em nossas formações e trabalho com o povo. Estará presente em cada ação contra o capital imobiliário e na defesa de um projeto popular. Sua vida será combustível na nossa denúncia contra todos aqueles que fomentam a miséria e a violência contra os povos.
Que sua família e amigos se sintam abraçados pelo Centro de Estudos e Ação Social.