Encontro realizado em MG e BA visa fortalecer a articulação comunitária na parte alta, média e baixa da bacia.

A Articulação Rio Pardo Vivo e Corrente anuncia a realização da “Missão Rio Pardo – Um Rio Marcado para Resistir!”, um intecâmbio que reunirá, entre os dias 21 e 23 de novembro de 2025, representantes de povos e comunidades camponesas e tradicionais, movimentos sociais, ambientalistas e pesquisadores em uma jornada de mobilização pela Bacia do Rio Pardo.
Este rio, que corta os estados de Minas Gerais e Bahia, é corpo hídrico vital para a sobrevivência de milhares de famílias em três biomas brasileiros, incluindo agricultores familiares, geraizeiros, extrativistas, comunidades quilombolas, indígenas, pescadores e assentados da reforma agrária. No entanto, esses territórios enfrentam sérias ameaças socioambientais históricas e atuais, como a gestão desigual das águas, a apropriação privada, o uso intensivo de agrotóxicos, o avanço da mineração, o desmatamento e os conflitos territoriais.
A Missão Rio Pardo tem como objetivos principais promover o intercâmbio de experiências de luta e resistência entre as comunidades e os movimentos sociais, denunciar os graves problemas socioambientais decorrentes da ação predatória do capital na bacia e fortalecer articulação entre as comunidades e as organizações que resistem nos dois estados.
A programação conta com momentos formativos, práticos e políticos, iniciando na comunidade Sobrado, em Rio Pardo de Minas-MG no dia 21, Taiobeiras-MG no dia 22 e na comunidade Cachoeira, Ribeirão do Largo-BA no dia 23. Nesta etapa a Missão se encontra com a 3ª Missão das Águas, evento anual da comunidade que debate preservação ambiental e defesa dos territórios.
A Missão Rio Pardo – Um Rio Marcado para Resistir é um dos frutos da trajetória de uma década da Articulação Rio Pardo Vivo e Corrente. Desde sua fundação, em 2015, o coletivo tem atuado para amplificar o debate coma sociedade sobre os conflitos socioambientais gerados pelo atual modelo de desenvolvimento, dando visibilidade às resistências que brotam dos territórios.
Confira a programação e a carta convocatória:



