Articulação campo e cidade por soberania alimentar chega a comunidades de Itambé

No dia 08 de outubro, foi realizada mais uma etapa da ação de solidariedade e de aliança campo-cidade, desta vez no município de Itambé. A articulação de “movimento a movimento”, organizada pelo CEAS, levou cerca de 2 toneladas de alimentos agroecológicos produzidas por comunidades camponesas da região – Jeribá, Jussara, Caetano, José Jacinto e o assentamento Roseli Nunes do Movimento dos/as Trabalhadores/as Rurais Sem Terra – a 150 famílias em situação de vulnerabilidade social.

A ação responde à necessidade de combater a fome e a insegurança alimentar crescentes no país diante das crises sanitária, social, política e econômica; possibilita ainda o fortalecimento da produção camponesa, escoamento e comercialização de alimentos de bases agroecológicas. Mas, em termos estratégicos, a articulação de movimento a movimento tem o alimento produzido sem exploração do trabalho e sem degradação da natureza como ponte para unir as lutas dos povos rurais e urbanos em defesa dos territórios e dos bens comuns, como a terra, a água, os biomas, sementes, entre outros.

Além dessa, a ação tem envolvido, desde 2020, assentamentos do Movimento CETA no sul da Bahia, comunidades ligadas à Pastoral Rural da Diocese de Paulo Afonso e outras ligadas à Articulação da Bacia do Rio Pardo no oeste e sudoeste baiano, como produtoras de alimentos; do outro lado, recebendo as cestas agroecológicas e resistindo em seus territórios, estão comunidades rurais e urbanas circunvizinhas e em parte, principalmente em Salvador, organizadas por movimentos como MSTB (Movimento Sem Teto da Bahia), Grumap (Grupo de Mulheres do Alto das Pombas) e o MLB (Movimento de Luta nos Bairros, Vielas e Favelas). A expectativa é a distribuição de mais de 13 toneladas de alimentos até dezembro deste ano.