Em aliança sul-norte-sul: fortalecemos a produção do cacau de qualidade.

O mês de abril iniciou com o fortalecimento das parcerias estratégicas. Por intermédio da Red Comparte, o Movimento dos Trabalhadores(as) Assentados(as) e Acampados(as), (CETA) e o CEAS receberam a visita de professores da ESADE, Instituição Acadêmica sediada na Espanha, a fim de dar continuidade à elaboração do plano de negócios da produção e comercialização do cacau e amêndoa orgânica de qualidade.

Além dos parceiros já mencionados, esteve presente nesta visita também a professora representante do curso “Diplomado em Sustentabilidade Financeira e Estratégias de Financiamento”, que tem contribuído para a elaboração, análise e implementação de estratégias de sustentabilidade financeira da Associação de Produção do Movimento CETA. Este curso é desenvolvido pela Red Comparte em aliança com a Universidade Ibero-americana da Cidade do México.

Esta comunidade de aprendizagem, a Red Comparte, promove alternativas econômico-produtivas na América Latina com o objetivo de melhorar as condições de vida de comunidades em situação de exploração e expropriação, sendo um elo entre as alianças sul-norte-sul.

Este aporte incide no Sul da Bahia, uma região de atuação do CETA que é marcada por conflitos de terras envolvendo as comunidades tradicionais, que viviam e vivem nestas regiões, e os grandes latifundiários produtores de cacau. Nos últimos 15 anos, o Movimento CETA vem construindo uma outra forma de conviver neste bioma, se contrapondo ao modelo de produção altamente exigente em insumos químicos e de saque dos bens naturais, e, ao mesmo tempo, propõe a reforma agrária e a agroecologia como soluções para o impasse ambiental e socioeconômico vivido pela região.

Nesta direção, o apoio destas organizações, para a sustentabilidade política e financeira da produção e comercialização do cacau e amêndoa orgânica de qualidade, está articulada com as ações acompanhadas pelo CEAS. Estas ações buscam fortalecer a defesa e a permanência destas comunidades tradicionais em seus territórios através da diversificação da produção, do fomento a produção sustentável e diversificada, criando, plantando e vendendo o excedente, e alimentando práticas de resistência e de solidariedade.