Na última sexta-feira (18), a Associação de Moradores Amigos de Gegê dos Moradores da Gamboa de Baixo promoveu uma atividade de valorização e reconhecimento do território por mar e por terra.
A Gamboa de Baixo é uma comunidade tradicional pesqueira existente desde o século XVIII. Iniciou um processo de resistência ao território a partir da década de 1960, quando começaram as obras para construção da Avenida Contorno, cujos principais impactos foram a divisão do território e o isolamento da parte mais baixa da comunidade. Atualmente, novos projetos de interesse do capital turístico-imobiliário rondam a Gamboa de Baixo e as demais comunidade do Centro Antigo de Salvador.
Estiveram presentes na atividade a Articulação do Centro Antigo de Salvador, o “Centro Cultural que Ladeira é essa?” da Ladeira da Preguiça, o MSTB, o GRUMAP e o Projeto Em Cantos de São Lázaro, comunidades e movimentos que resistem aos projetos de expulsão em seus territórios.
Também foram convidados o CEAS, o Coletivo TRAMA, as professoras Glória Cecília Figueiredo da FAUFBA e Adriana Lima do IBDU.
O momento dividiu marcos históricos de luta e resistência do território que é negro e pesqueiro, diálogos sobre a conjuntura e as estratégias que retrataram não só o território da Gamboa de Baixo mas de cada movimento e comunidade ali representadas.
Ao fim, assistimos o curta-metragem “Pescadoras em Rede: as mulheres da Gamboa de Baixo” produzido na comunidade em parceria com o Coletivo Trama, onde as pescadoras falaram um pouco sobre a importância da pescaria e a luta por reconhecimento.
Atividade também contou com o apoio de PI (Proteção Internacional) e FAU (Fundo de Ação Urgente).
Seguimos em luta! ✊🏿✊🏿✊🏿
- MSTB – Movimento Sem Teto da Bahia.
- GRUMAP – Grupo de Mulheres do Alto das Pombas.
- FAUFBA – Faculdade de Arquitetura da UFBA.
- IBDU – Instituto Brasileiro de Direito Urbanístico.