Nota do Movimento (CETA) e Pastoral Rural sobre ocupação do INCRA/Salvador

Nota do Movimento dos Trabalhadores Assentados, Acampados e Quilmbolas (CETA) e Pastoral Rural sobre ocupação do INCRA/Salvador

O Movimento dos Trabalhadores, Assentados, Acampados e Quilombolas (CETA) e Pastoral Rural ocuparam na manhã do dia 09 de abril (segunda-feira) com cerca de 1.300 trabalhadores/as a sede do INCRA na cidade de Salvador/BA. Os trabalhadores denunciam o ardiloso GOLPE JURÍDICO PARLAMENTAR E MIDIÁTICO que levou MICHEL TEMER ao poder, bem como a farsa jurídica arquitetada por estes mesmos setores institucionais com o braço econômico das corporações capitalista do Brasil e do Capital Financeiro Internacional à prisão do ex-presidente Lula, comandada pela eficiência parcial de Moro e o acovardamento e parcialidade de ministros do STF. 

Em decorrência do retrocesso da frágil democracia brasileira, o desafio está posto e não devemos deixar a esperança morrer. Nosso desafio é manter a luta pela Democracia e manutenção dos Direitos Sociais. Enfrentar nas trincheiras toda e qualquer forma que retrocede os direitos de primeira e segunda geração pela Carta Magna de 1988. Fomentar em todos os espaços públicos e privados os princípios da luta, bem como se manifestar contra todos/as parlamentares que votaram contra o povo.

Nesta esteira, o CETA e a PASTORAL RURAL denuncia nas ruas a falta de políticas públicas quanto a: desapropriação, regularização e discriminação fundiária; Reforma Agrária; territórios indígenas e Quilombolas; educação do campo no campo; segurança e soberania alimentar nutricional; assistência técnica; infraestruturas nos Assentamentos; construção e recuperação de estradas; recuperação de barragens e aguadas, redes elétricas (instalações de poços); habitação rural e urbana e a saúde.

Os trabalhadores fazem um chamamento público a toda sociedade civil, instituições e organizações sociais a lutar contra as práticas dos agentes públicos deste suposto Estado Democrático de Direito, assim como enxergar a forma que vem tratando os direitos sociais, repudiando veementemente o desmonte da saúde e educação, bem como a terceirização e as reformas trabalhistas e previdenciárias; a degradação ambiental; a venda da Amazônia e do setor elétrico; a privatização das bacias hidrográficas do Rio São Francisco e do Rio Paraguaçu; a violência contra as mulheres e negros; a arbitrariedade do Poder Judiciário e em especial a manipulação dos setores midiáticos, destacando a Rede Golpe Globo de televisão.