Pandemia do Covid-19: relato do Quilombo Lagoa de Melquíades e Amâncio no sudoeste da Bahia

As comunidades do campo já sentem direta ou indiretamente os efeitos da pandemia do coronavírus e exemplo disso acontece com a comunidade quilombola Lagoa de Melquíades e Amâncio na região sudoeste da Bahia. A comunidade continua trabalhado e realizando suas atividades, no entanto, já atentam para os cuidados principais de prevenção e transmissão do vírus, considerando principalmente o aumento da incidência no município de Vitória da Conquista – cidade da qual a comunidade dependem principalmente para acesso a serviços. A principal preocupação agora são as viagens até a cidade para o recebimento do auxílio emergencial nos bancos. De acordo com o boletim divulgado pela Secretaria de Municipal de Saúde, no dia 01 de maio, Vitória da Conquista já registrou 33 casos do novo coronavírus, com três óbitos decorrentes da doença. Outros 105  casos do estão notificados como suspeitos e aguardam investigação da Secretaria. 

Diante deste contexto, também já modificaram algumas rotinas; alguns membros da comunidade já têm buscado realizar as atividades individualmente nos lotes e, quando necessário o trabalho coletivo na horta comunitária, estão evitando aglomeração. A horta faz parte do trabalho que vem sendo desenvolvido junto com o CEAS através do projeto ABC (Água como Bem Comum).

De acordo com Tiago, um dos moradores do Quilombo, a produção de alimentos, como alface, coentro, cenoura, entre outros, já vem apresentando resultados não apenas aos envolvidos, mas para toda comunidade que poderá ter a garantia de alimentos agroecológicos que contribuem com a promoção da saúde, principalmente neste período de crise.